quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O CARNAVAL


    Grande, expressiva faixa da humanidade terrena transita entre os limites do instinto e os pródromos da razão, mais sequiosos de sensações do que ansiosos pelas emoções superiores. Natural que se permitam, nestes dias, os excessos que reprimem por todo o ano, sintonizados com as entidades que lhes são afins. É de se lamentar, porém, que muitos se apresentam nos dias normais como discípulos de Jesus, preferindo, agora, Baco e os seus assessores de orgia ao Amigo Afetuoso…
   Perdendo-se nos períodos mais recuados, as origens do carnaval podem ser encontradas na bacanalia, da Grécia, quando era homenageado o deus Dionísio. Anteriormente, os trácios entregavam-se aos prazeres coletivos, como quase todos os povos antigos. Mais tarde, apresentavam-se estas festas, em Roma, como saturnalia, quando se imolava uma vítima humana, adredemente escolhida, no seu infeliz caráter pagão. Depois, na Idade Média, aceitava-se com naturalidade: Uma vez por ano é lícito enlouquecer, tomando corpo, nos tempos modernos, em três ou mais dias de loucura, sob a denominação, antes, de tríduo momesco, em homenagem ao rei da alegria…
   Há estudiosos do comportamento e da psique, sinceramente convencidos da necessidade de descarregarem-se as tensões e racalques nesses dias em que a carne nada vale, cuja primeira sílaba de cada palavra compôs o verbete carnaval.
Sem dúvida, porém, a festa é o vestígio da barbárie e do primitivismo ainda reinantes, e que um dia desaparecerão da Terra, quando a alegria pura, a jovialidade, a satisfação, o júbilo real substituírem as paixões do prazer violento e o homem houver despertado para a beleza, a arte, sem agressão nem promiscuidade.
   Há milhões de pessoas envolvidas no bárbaro divertimento, que não censuramos, entretanto, há número muito superior de criaturas que lhe não oferecem culto, nem mesmo sequer experimentam qualquer interesse ante os apelos da folia momesca.
Quantos se utilizam destes dias em que o trabalho habitual sofre alteração, para buscar recantos interioranos aprazíveis, regiões serranas e praias para o refazimento? Pessoas mais amadurecidas utilizam-se dos feriados carnavalescos para estudos, meditações, encontros de renovação espiritual e lazer.
   Há um grande progresso moral que viceja na Humanidade e não podemos desconsiderar. Jamais houve tão grande interesse dos homens pelos seus irmãos, em tentativa de ajudá-los a levantar-se e marchar com dignidade. As atividades que visam ao enobrecimento do ser humano multiplicam-se, abençoadas, fomentando a alegria e a paz. As minorias raciais recebem respeito; os preconceitos vão sendo varridos do Planeta; os direitos do cidadão embora ainda violados, são defendidos; a ecologia consegue adeptos afervorados; as classes menos favorecidas, que padecem miséria socioeconômica, já não são desprezadas, não obstante ainda não gozem das considerações que todos merecem; os proletários fazem-se ouvidos; cogita-se de multiplicar os órgãos de assistência social aos carentes de toda ordem; as leis são mais benignas, e estudiosos do comportamento estão identificando mais doenças na criatura humana do que maldade, mesmo naquelas que resvalam nos abismos dos crimes mais hediondos; a liberdade já sustenta ideais de dignidade entre os povos... São inumeráveis as conquistas morais da Humanidade em pouco mais de cento e cinquenta anos, prenunciando aquisições ainda mais relevantes em relação ao futuro.
   O que observamos, são remanescentes do passado de todos nós, ainda não superado, que permanece retendo-nos na retaguarda das dissipações, embora a voz e o magnetismo do Cristo nos estejam arrastando das sombras para a luz, que já estamos entendendo e aceitando. Alegremo-nos, portanto, e observemos com otimismo, o que desfila diante de nós. Ontem, aí estávamos mergulhados nos rios escuros da  ilusão, enquanto, agora, cá nos encontramos na margem abençoada onde medram o equilíbrio e a paz.
(Extraído do livro "Nas Fronteiras da Loucura", de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografado por Divaldo Pereira Franco.)


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

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